Julgamento por estereótipos

Noções introdutórias     

O sistema cerebral é muito complexo, mas é importante conhecer alguns mecanismos do cérebro que ajudam as pessoas a compreender sobre o desenvolvimento, a linguagem, a tomada de decisões, as memórias, entre outras coisas. 

Nesse sentido, podemos destacar o processo de simplificação, que recebe o nome de categorização. Esse mecanismo faz parte do sistema cerebral e tem a função de simplificar situações fáticas para entender sua ocorrência. 

Os estereótipos são justamente uma forma de pensar por categorias que simplifica um mundo complexo e nos permite entendê-lo de forma mais eficiente. Assim, não consideramos cada pessoa individualmente, mas como pertencente a certos grupos. 

Estereótipos     

Não é completamente ruim que julguemos rapidamente alguém em função de uma característica própria de um grupo. Mas o problema ocorre quando as pessoas julgam as outros se pautando em preconceitos. Isso é o que chamamos de estereótipo negativo. 

Destaca-se que o estereótipo não se confunde com o preconceito.

O preconceito é uma opinião que as pessoas formam antes de conhecer outras pessoas pertencentes ou não a um tipo de grupo. É um sentimento que pode ou não ser negativo ou consciente. 

Já o estereótipo são representações cognitivas associadas a um membro de um grupo, que muitas vezes podem ser comparados de maneira diferente aquele determinado grupo social. 

No entanto, há um perigo em relação ao julgamento por estereótipos. Isso porque, por meio dele, pode se ignorar as diferenças entre as pessoas, fazendo-se julgamentos indevidos. 

Muitas vezes, os estereótipos são usados como forma de julgar um indivíduo só pelo motivo dele fazer parte de um determinado grupo e não agir como se a ele pertencesse. Ou também por uma pessoa fazer parte de um grupo, e ao invés do outro conhecê-la realmente, a julga por fazer parte daquele grupo. 

Estereótipos no judiciário  

Nos julgamentos e decisões judiciais, é possível notar que os operadores do Direito tomam decisões influenciados pelas características dos réus, muitas pessoas são julgadas pela cor de sua pele, seu estado socioeconômico, seu gênero, entre outros fatores. 

Alguns exemplos são casos de pessoas negras, mulheres, idosos, entre outros, que podem ser prejudicados pela decisão estereotipada do juiz. 
 

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